Há um tempo em que temos tempo e outro em que não temos. Aprendi este ano com um grande mestre que há coisas que são assim mesmo, são o que são, quando sérias e honestas.
Mesmo quando não o temos, sabemos que há um tempo que nunca é temporal, que é eterno, que existe sempre quando de um amigo se trata. 
"Olá!". Com o ááá muito arrastado de quem sabe que na vida nunca se chega a descobrir a forma certa de amar. "Estou a ligar  só para saber como é que estás". 

Ficou prometido que quando resgatarmos a liberdade de termos tempo, apanhamos um comboio, bebemos do verde da paisagem vinhateira como quem tinge a felicidade com o vermelho do tinto. Acabaremos em casa da Dona Lurdes a rir, à volta da mesa, enquanto voltamos às memórias de uma tão simples fatia de marmelada sobre uma outra de queijo ainda com a casca por aparar. 

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